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Roda do Mouchão

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Os açudes e as rodas do Nabão são motivos tomarenses típicos e únicos. Existem algumas rodas e açudes parecidos, mas com o mesmo volume, estrutura e lançamento não se conhecem. É uma herança árabe que tem passado de geração em geração.

Represada pelos açudes de estacaria, a água encaminhava-se para os canais das rodas em forte corrente. Corria e batia nas penas das rodas. Empurrava-as. À frente das penas, atados nas cintas exteriores, iam os alcatruzes que mergulhavam, enchiam, subiam, despejavam nos "tabuleiros" e lá seguia a água para o "calheiro real" e daí, por canos e aquedutos. E assim chegava a água a hortas e pomares.

A construção obedecia a regras bem definidas, as principais são; o diâmetro da roda era calculado com o número de raios e a medida de todas as peças estava, igualmente, relacionado com o diâmetro e este com a altura do local onde se desejava levar a água. Existe ainda no mouchão um magnífico exemplar que, parabéns à Edilidade, teima manter em funcionamento.

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